segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O Infinito Humano - UNIDADE


A experiência da unidade é uma profunda realização não apenas do oceano da existência, mas de cada um de nós como o oceano em si mesmo. Trata-se de uma expansão da consciência para além do eu, indivíduo, pessoa ou personalidade num vasto campo de energia que é a nossa própria natureza. Está para além da percepção da mente pensante, que funciona através da separação, categorização e análise. No estado de transcendência, todas as margens e limites são descartados, e nós reconhecemos a interligação do cosmos.
Para ilustrar a unidade, imagine as vastas águas da terra, tal como todos os oceanos combinados. Depois, imagine uma pequena gota de água do oceano que é, na verdade, no e dos oceanos. A gota pode ser vista como separada do oceano, apesar de parte dele, tal como um ser humano pode ser visto como parte de toda a existência. E, contudo, conforme a gota é dissolvida no oceano, ela torna-se no vasto oceano e contém todas as suas qualidades. Podemos dizer que a gota dissolvida é o próprio oceano.
Para que os seres humanos se considerem a si mesmos como separados da grandiosidade da luz, a mente pensante oferece uma visão de separação. Quando com esta consciência, nós perdemos o sentido inerente da interligação que nos liga com cada aspecto da existência. É no estado de transcendência que percebemos que a separação não é o nosso eu verdadeiro. Ao contrário, reconhecemos a separação como uma percepção da realidade da terceira dimensão.
Na consciência da tridimensionalidade, nós aceitamos uma classificação quase infinita de energia numa ordem infinita de matéria percebida.  Nós separamos os humanos dos animais e as plantas das rochas. Separamos o bom do mau, o certo do errado e o rico do pobre. Nós possuímos rótulos e categorias aos milhões, e o intelecto humano transforma-se num grande armazém para essas informações.
A experiência da unidade é uma consciência da unidade. Na separação, podemos ter considerado o supremo ser/criador e o homem como separados; na unidade, os dois estão na mesma malha da mesma existência. Onde podemos ter visto a raça humana como milhões de seres separados, vemos agora como uma família da humanidade. E, onde podemos ter visto a terra como aparte dos outros planetas, é agora uma família de planetas e sistemas solares. Na verdade, toda a matéria e energia estão ligadas, seja ela um ser humano ou planeta ou qualquer outro aspecto percebido como “separado” do cosmos.
Na unidade, nós percebemos que o ser humano não está separado de nada. Não existe desconexão do amor. Não existe desconexão da abundância. Não existe desconexão da sabedoria. É através da nossa consciência que reconhecemos que toda a existência não é apenas a nossa disposição; toda a existência é a nossa própria natureza. Nós “somos donos” do cosmos, porém, num sentido de uma identidade expandida em vez de posse.
Podeis perguntar-vos “Como posso eu ser a unidade se olho para o meu mundo e vejo tanta separação?” Do mesmo modo, podeis perguntar “Como é que nós somos a unidade se estamos a fazer guerras e a experimentar relações rompidas e a criar países, filosofias e religiões distintos?”
A nossa natureza enquanto unidade é inerente, independentemente do que escolhemos ver através das lentes da separação. Podemos não ver unidade; em vez disso, podemos identificar-nos fortemente com a separação e criar visões polarizadas, opiniões e construções. Na verdade, iremos encontrar-nos a agir de acordo com os nossos pontos de vista (a nossa realidade percebida) e, aqueles que subscrevem a separação, descobrirão que a sua realidade se caracteriza pela desconexão e pelas suas manifestações. Os que transcendem a percepção da separação viverão na realidade da unidade e expressar-se-ão a partir de uma realidade de unidade.
Enquanto na Terra, usamos a mente como um instrumento de percepção. Por exemplo, quando ouvimos bater à porta, podemos deslocar-nos em direcção à porta, rodar a maçaneta e abrir a porta para ver um vizinho. Esta é a típica experiência tridimensional baseada na mente/separação. No entanto, no nível transcendente, o som da campainha da porta, a própria porta, a maçaneta da porta, o rodar da maçaneta, o eu e o vizinho e a visão um do outro – tudo são energias de várias frequências que são traduzidas pela mente para “fazer sentido” na realidade tridimensional. E, não apenas são energias de várias frequências, como estão interligadas.
Interessantemente, muitos seres humanos consideram a terceira dimensão como a única “verdadeira” realidade, e podem considerar as dimensões mais elevadas como abstractas ou irreais. Na verdade, quando considerado a partir de uma dimensão superior, o reverso é verdadeiro. Energia e luz num campo de unidade são reconhecidas como a “verdadeira” realidade, enquanto a consciência da terceira dimensão (separação, matéria, etc) é vista como uma ilusão ou como, apenas, uma criação da mente pensante.
Quando os humanos experimentam primeiro a unidade, os resultados podem não ser nada menos do que transformadores. Através da nossa doutrina cultural, são-nos atribuídos nomes, identidades, idades, graus, títulos profissionais, rótulos, traços de personalidade e estatutos sociais. A enorme identidade pessoal e tridimensional dissolve-se, simplesmente, na experiência da unidade. Ela é vista como não mais do que isto: os trabalhos da mente pensante e a nossa subscrição de uma visão limitada de separação. Estas construções limitadas não nos servem mais na unidade e, subsequentemente, atribuímos a estas classificações pouca relevância.
É possível viver na assim chamada realidade da “terceira dimensão” e ainda viver no mesmo modo na percepção da unidade? Sim, nós somos seres multidimensionais que podem e existem simultaneamente em várias dimensões. Então, embora vendo que somos todos de uma luz e energia, podemos responder ao nosso nome ou olhar para uma flor e chamá-la rosa. A nossa experiência não precisa de ser “uma ou outra”, mas uma combinação destas e de outras dimensões, bem como podemos também simultaneamente divertir-nos com uma caminhada pelos bosques enquanto escutamos os pássaros a cantar.
A individualidade desaparece na consciência da unidade. Não somos mais um “eu”, mas um. Embora pertençamos ao campo da existência, já não subscrevemos por mais tempo a classificação da luz chamada “eu”. Isto não significa que alguém já não exista; significa que os limites que percebemos na separação são retirados e um muito mais expansivo “eu” é reconhecido, um “eu” que é o todo-no-todo. Apesar da unidade poder ser considerada como um vasto “eu”, não existe de todo um “eu”, no sentido individual, separado. Nesta aceitação da unidade, nós somos, assim, muito mais do que éramos como um “eu” individual. Nessa consciência da unidade, nós sentimos a infinitude. Nós reconhecemos o que é ser um humano infinito.

Uma mensagem de Scott Rabalais

7 comentários:

  1. Uma belíssima mensagem querida Marion!
    E vamos treinando....rsss
    Um beijo gostoso
    Astrid Annabelle

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  2. Ótimo texto Marion.

    Muito a ser assimilado e aceito pela maioria da humanidade referente a isso.

    ótima reflexão.

    Obrigado Marion pelos belos textos que encontro por aqui.

    Abraço

    Ricardo

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  3. Olá Marion querida.
    Linda mensagem.
    Nesta dimensão em que vivemos é que temos esta visão de separação. Mas com o nosso crescimento através das Leis da Espiritualidade, começamos a refinar os nossos sentimentos e assim nos conectar com as Energias do Amor Maior. Levando-nos à percepção de que estamos todos ligados e somos todos um, com o propósito final da nossa existência que é a União com Deus.
    Adorei sua postagem, parabéns!
    Um grande beijo!
    Lú.

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  4. Linda mensagem Marion...
    Seu blog está cada dia mais interessante e belo.

    Bjos,

    Eliane.

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  5. Muito interessante, este artigo, sob a nossa consciência existencial.
    A todo o tempo pulamos entre as três dimensões, dependendo das circunstâncias envolventes a cada momento.
    Voltarei, Marion, para ver melhor o que mais tem, por aqui. O seu blogue é aliciante.
    Um beijinho,
    Albano

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  6. Após ler este artigo, percebi o grande caminho que terei de percorrer. Isso não me preocupa muito, pois tenho todas as pessoas do mundo para me empurrarem.
    O que me preocupa é que não seja capaz de receber os seus abraços.
    Brigado pela visita lá no meu poesiaandanarua

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  7. OLÁ LINDA...
    ESTE TEXTO É MUITO COMPLETO...

    E GRATA ANJA..PELOS TEUS COMENTARIOS NO BLOG...

    ABRAÇO NA ALMA

    BJS....

    OMMMMMMMMM

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